Está surgindo um clima de "vamos esquecer tudo o que aconteceu no passado para garantir a governabilidade do país", mas não podemos esquecer que o governo é o mesmo. Os atores desta peça de horror, são os mesmos do primeiro ato, portanto temos que apurar as falcatruas do primeiro mandato para puní-los. Não podemos entrar na conversa daqueles que estão com o rabo preso, de que "isso é revanchismo porque perderam as eleições e por isso estão querendo levantar defuntos". Da troupe petista exigimos explicações e o Sr.Lula precisa saber que omissão de um gestor, ou desconhecimento de fatos nas empresas privadas são atestados de incompetência passados pelos executivos, passíveis de demissão por justa causa, afinal, estamos falando de corrupção! Apesar dos 60% dos votos que o Presidente recebeu, ele não está acima da lei, e o estado de direito deve prevalecer neste país. Os sufrágios recebidos não são alforria dos "erros" cometidos e ainda não apurados.
Espaço destinado ao livre pensar sobre política, cultura, arte enfim observar e comentar o mundo que nos rodeia.
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
Está surgindo um clima de "vamos esquecer tudo o que aconteceu no passado para garantir a governabilidade do país", mas não podemos esquecer que o governo é o mesmo. Os atores desta peça de horror, são os mesmos do primeiro ato, portanto temos que apurar as falcatruas do primeiro mandato para puní-los. Não podemos entrar na conversa daqueles que estão com o rabo preso, de que "isso é revanchismo porque perderam as eleições e por isso estão querendo levantar defuntos". Da troupe petista exigimos explicações e o Sr.Lula precisa saber que omissão de um gestor, ou desconhecimento de fatos nas empresas privadas são atestados de incompetência passados pelos executivos, passíveis de demissão por justa causa, afinal, estamos falando de corrupção! Apesar dos 60% dos votos que o Presidente recebeu, ele não está acima da lei, e o estado de direito deve prevalecer neste país. Os sufrágios recebidos não são alforria dos "erros" cometidos e ainda não apurados.
quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Esta notícia saiu no site do Terra conforme abaixo:
Quarta, 11 de outubro de 2006, 21h21 Atualizada às 21h31Irmão de Lula declara voto em Alckmin
O irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, declarou que vai votar no seu adversário, o tucano Geraldo Alckmin, no dia 29 de outubro. O primeiro motivo alegado pelo pedreiro Jachson Ignácio da Silva, que se diz atuante no PT há 20 anos e mora em Mongaguá, litoral Sul de São Paulo, é que é "contra a reeleição".
Jachson diz que Lula também sempre foi contra um governante ficar por dois mandatos seguidos no cargo, e que agora não é justo querer utilizar a atual legislação para continuar no poder. "Ele tinha que voltar depois de quatro anos, aí sim o povo iria ver se ele foi um bom presidente", declarou.
Os escândalos de corrupção que ocorreram no governo do PT também foram fundamentais para a sua mudança partidária. "É uma falcatrua atrás da outra. O PT me deixou envergonhado. Era a minha esperança, não tinha o direito de errar, como fizeram Delúbio, Zé Dirceu, Palocci. Quando esfria uma, aparece outra".
A críticas de um dos 15 irmãos vivos do presidente não param por aí. Para ele, algumas das principais bandeiras do governo Lula, como o Bolsa-Família e o índice de diminuição da pobreza no Nordeste, não são fundamentais para o povo brasileiro. "O Brasil não é só Nordeste. Além disso, o Bolsa-Família é uma vergonha para qualquer governo. O povo não quer esmola, quer trabalho, casa para morar, escovar os dentes, e tudo isso. Não apenas arroz e feijão", disse o irmão de Lula.
Questionado se um pouco da sua mágoa com o parente é pelo fato de ser de uma origem humilde e não ter qualquer tipo de ajuda direta de Lula, Jachson declara com firmeza: "não é esse o problema. Ele tem que cuidar do Brasil. Aqui somos cada um por si. Todos somos trabalhadores", ressaltou Jachson, que sempre votou em Lula.
Para finalizar, o pedreiro contou como é a sua relação com presidente. "A família fica sem se ver a vida inteira. Somos 15 irmão vivos. A última vez que falei com o Lula foi na posse (em 2002), quando fomos até lá. Tenho outros irmãos aqui na Baixada Santista que converso mais. Mas não sei em quem eles vão votar", concluiu.
Redação Terra
sexta-feira, 14 de julho de 2006

Sutilmente a ideologia se apodera de nossas entranhas, tal como um tumor silencioso que corrói nossas carnes. E ficamos doentes e não sabemos porque. Jovens, adolescentes e adultos se suicidando pelo mundo afora pois a pressão, a competição pelo sucesso pessoal para muitos é insuportável. Coreanos, e japoneses que o digam.
Alguns de nós estão de tal forma impregnados pela ideologia, que em um processo mimético a personificam, dando à mesma uma face adorável, no sentido de adoração, (ponto para ela), tal como os antigos deuses que Moisés ao descer do Monte Sinai com as Tábuas da Lei aboliu por ordem do Deus Único: -Não criarás imagem e não terás outros deuses diante de Mim”. Os novos deuses não são na realidade deuses, são diferentes representações do deus Ideologia.
Esportistas, modelos, cantores, escritores, pastores etc. que emprestam suas faces à ideologia vigente, enfim uma face para cada tipo de consumidor: os que apreciam esportes, os intelectuais, os casuais, os “crentes”, os musicais e assim por diante, mas todos nos vendendo o “mesmo valor” ou o mesmo deus: o deus sucesso!
O próprio Deus foi incluído nessa jogada, afinal Ele “vende bem” e o deus mercado numa estratégia de marketing bem elaborada (isso se chamava ludibriar), se aproveitou.
Criou ícones para todas as denominações e suas “bênçãos” são vendidas nas esquinas. Há os ícones evangélicos, católicos, todos embalados pelos últimos sucessos do mundo Gospel, muita dança, luzes e som, quanto mais alto e agitado melhor. Desta forma podemos usar nosso livre arbítrio não só escolhendo entre Nike ou Adidas, Phillips ou LG, mas também quanto à “marca” de nossos ícones divinais. Não trata-se de julgamento sumário, mas sim constatação do poder avassalador desta força invisível.
quinta-feira, 13 de julho de 2006



Livros de Auto-Ajuda - Parte VI, ou "A Ideologia de nosso tempo"
Essa informação em minha opinião reafirma a convicção de que, na ânsia de obter sucesso, alguns tentam ludibriar o próprio Deus, pois acreditam que Ele ficaria numa “sinuca” não nos ajudando, uma vez que “demos tudo” e essa é a Sua promessa (de acordo com aqueles mesmos “donos das igrejas”).
Ofertamos o máximo portanto merecemos em troca o máximo, essa é a lógica. Há uma frase que já vi em alguns carros que afirmam: “Não sou Rei, mas sou filho do Rei”, ou “Não sou dono do mundo, mas sou filho do Dono”. Essa é a lógica das igrejas que propagam a “Teologia Econômica”, onde sempre apresentam frases que demonstram posse ou status adquirido em função de bens materiais.
No livro “Ideologia da Sociedade Industrial” seu autor, o filósofo francês Herbert Marcuse, afirma que: “A ideologia é mais presente, exatamente quando não notamos sua presença”.
Eu não estava notando sua presença quando escrevi os primeiros artigos, porém, na tentativa de escrever os seguintes, faltava algo que unisse os textos anteriores como algo contínuo, um amálgama. Não estava vendo o edifício, e essa é uma característica da ideologia, pois nos confunde e imaginamos estar vendo uma coisa e na realidade estamos vendo outra, e concentrado no “tijolo” eu não via a “parede”.
Mais uma vez a Gestalt implacável não me permitia ter a visão do todo através da parte.
Mas aí está o amálgama que dá forma ao edifício, cujos livros de auto-ajuda não passam parte de sua composição.
A grande “sacada” dos partidos de esquerda no Brasil, e aí falo dos profissionais que compõe seus quadros e não dos românticos que entram sem perceber a ideologia subjacente nos discursos, é que o capitalismo se sustenta quando há riqueza, consumo de bens e serviços e pleno emprego, portanto, a esquerda tem que combater toda e qualquer iniciativa que leve à concretização deste anseio geral, pois caso isso ocorra, os profissionais deste ramo (os políticos e militantes) ficarão desempregados por falta de bandeiras “sociais” para lutar. Por isso dão os R$ 100,00 mensais, para manter a ignorância a pobreza e a eterna gratidão do povo. Qual a diferença do voto em troca de uma dentadura e da concessão de R$ 100,00 mensais a título seja lá do que for? É apenas a ideologia subjacente. Ao MST não interessa que a reforma agrária ocorra, pois se ela caminhar adequadamente, o Sr. Stédile e seus asseclas ficarão desempregados. Ao PT não interessa um país socialmente justo e com pleno emprego, sem problemas, porque se isso ocorrer, todos os eleitores se tornarão de direita, e por falta de bandeiras o PT desaparecerá pois se alimenta das mazelas do povo, empurrando-os cada vez mais para o abismo. O mesmo ocorre com sindicatos: interessa aos sindicatos que as condições de trabalho e salário dos funcionários nas empresas sejam ótimas? Se isso ocorrer os sindicalistas ficam desempregados. Não quero dizer por isso que os partidos de esquerda, sindicatos e movimentos como o MST devam ser abolidos, mas quero sim é tirar a máscara de “santinhos” benfeitores inexpugnáveis em suas qualidades éticas e morais enquanto os demais são todos pérfidos aproveitadores do povo. O que espero é que parem com os sofismas e aprendam a discutir como gente grande. O mundo quer riqueza e riqueza é gerada num ambiente de livre comércio, de competição justa e não na injustiça do “igual para todos”. Quem faz mais ganha mais, quem faz menos ou não faz nada ganha menos ou nada. O ponto não é se o capitalismo é bom ou não, se o neoliberalismo é bom ou não, a questão é como distribuir a riqueza que o capitalismo gera de maneira justa (quem fez mais ganha mais), e como garantir oportunidades iguais a todos. Ser contra o capitalismo ou contra o neoliberalismo é querer manter o desemprego, a pobreza, a ignorância apenas para garantir trabalho para algumas dúzias de militantes e políticos profissionais a nomenklatura. Não há diferença entre a enganação da dentadura ou da bolsa-auxílio-não-sei-do-que em troca do voto. Só muda o nome do candidato.
quarta-feira, 12 de julho de 2006
Seria injusto de minha parte afirmar que o grande vilão desta história são os livros de auto-ajuda, pois esses representam apenas uma das faces dessa ideologia do sucesso que “recheia” as relações de nossa sociedade moderna. Ela é tão poderosa que se imiscuiu em nossas relações de trabalho, familiares, afetivas e sexuais etc. Nem a igreja manteve-se imune. Elas também buscam a prosperidade e isso tem sido traduzido em muitos casos, não generalizando, como dinheiro em caixa, grandes e suntuosos templos. Os autodenominados bispos e pastores dessas denominações avaliam o “sucesso de seus negócios” em cifrões. Todos nós, de alguma forma almejamos prosperidade, e isso significa dinheiro, nem que muitas vezes para obtê-lo tentemos “enganar” nosso semelhante ou às vezes o próprio Deus.
terça-feira, 11 de julho de 2006
Desde sua eleição em 2002, temos mantido uma estreita relação.
Embora não seja de seu conhecimento, mesmo quando vou para o meu merecido descanso diário, após uma jornada de pelo menos 10 horas de trabalho árduo, o senhor e as realizações de seu governo povoam meus sonhos. Chego ao ponto, tal como alguns que costumam consultar o horóscopo antes de tomar qualquer decisão, consultar jornais, internet enfim, todos os meios de comunicação existentes afim de saber sobre suas últimas declarações antes de tomar alguma decisão, afinal mais de 30% do meu rendimento mensal (1/3 aproximadamente) estão irremediavelmente comprometidos, graças a suas idéias de governo.
Caríssimo presidente, está difícil conviver com essa situação. Quando vejo suas despesas através da imprensa, cada dia mais preciso encontrar justificativas convincentes para minha família sobre porque mando essa gorda mesada para os cofres da União, ao invés de gastá-la em casa. Minha filha precisou parar seus estudos de música, minha esposa não pôde matricular-se em uma academia, estamos tentando comprar nossa casa própria, mas o valor que posso comprometer como prestação mensal para o financiamento através da Caixa Econômica Federal é menor do que lhe envio mensalmente através de meu contracheque, quando vamos ao supermercado tenho que ser o chato que “regula” a compra daqueles itens supérfluos, como, sabonete, creme dental, xampu, arroz, feijão, carne, pão, afinal, solicito que comprem o mais barato, ou não comprem. Gostaria de melhorar o padrão de meu plano de saúde familiar mas não está sendo possível e no final de tudo ainda tenho que ouvir reclamações do tipo: “-quando é para a União é do bom e do melhor”, afinal sua lista de compras na feira foi divulgada na TV caso o senhor não saiba em função de seus inúmeros compromissos nacionais e internacionais, e os preços eram assombrosos. Reconheço que a qualidade dos gêneros alimentícios que o senhor consome deva ser de primeira, mas, garanto que mesmo que os mande buscar no Ceasa em SP, além da qualidade ser irreparável, com o frete incluído ainda será mais barato do que os preços divulgados. Estou tentando ajudá-lo a fazer uma economia em prol do meu bolso, pois também, seguindo seu exemplo de vida, gostaria de duplicar meu microscópico patrimônio, tornando-o pelo menos visível a olho nu em quatro anos. Isso pode parecer uma tentativa de “legislar em causa própria”, egoísmo de minha parte, afinal alguns irmãos meus desta imensa nação brasileira, não faz a menor idéia do que significa “fazer compra mensal” de sabonete, xampu, carne, arroz e outros itens como já disse supérfluos, muito menos ter uma escola decente para os filhos ou um hospital ao menos limpo para tratar de sua saúde. Mas o problema, caríssimo presidente, é que o dinheiro que eu e outros irmãos brasileiros temos enviado para Brasília mensalmente, não chega às mesas dos menos favorecidos, às escolas de seus filhos e nem aos hospitais, principalmente porque não há escolas ou hospitais. Desta forma, os menos favorecidos continuam em sua pobreza, dependendo cada vez mais da bondade quadrienal dos governos, e nós (classe média) que poderíamos ajudar a custear de alguma forma essa necessária melhoria na distribuição de renda, estamos sendo obrigados a custear despesas que não sabemos exatamente a que se destinam, como por exemplo os cartões de crédito governamentais, a manutenção de um novo avião para suas viagens, pagamentos de deputados para que votem medidas do interesse da bancada petista, e agora mais uma, emprestar nossos parcos recursos através do BNDES para a Bolívia, que sem fazer nenhuma análise de risco mais profunda, afirmo, não honrará esse empréstimo. E mais um detalhe caríssimo presidente, mesmo que honrem, não temos dinheiro para emprestar para os outros assim. Precisamos melhorar nossa situação interna, senão eles continuarão pobres e nós vamos para o mesmo buraco de mãos dadas (não tenho nada contra os bolivianos, tenho contra emprestar o que não possuímos). Eles já irão aumentar unilateralmente os preços do gás que nos vendem, não tenha dúvida disso, é só uma questão de tempo, logo após a próxima eleição presidencial. Sugiro que o Sr. ouça com mais freqüência os conselhos de sua esposa, pois pelo que declarou à imprensa, devemos a ela o início (tímido) das obras de recuperação das rodovias federais, ainda que tardia, eleitoreira e mal feita. Ela me pareceu uma pessoa com visão sobre o que significa governar.
Não votei no senhor e não me arrependo disso, embora seu governo tenha superado minhas expectativas; não imaginei que pudesse ser tão ruim. Esperava medidas controversas, estatizantes, de caráter populista, em minha opinião seriam medidas erradas, porém, reafirmo fui surpreendido, pois além das medidas controversas estamos assistindo a um espetáculo de desfaçatez com a causa pública. Desta forma caríssimo presidente, chegando novamente o momento de exercer meu direito de opinião na escolha do novo inquilino do Palácio do Planalto, decidi que pelo resultado demonstrado após estes quatro anos de governo, o preço está caríssimo, para mantê-lo por outro período. Vou trocá-lo por outro mais barato.
terça-feira, 4 de julho de 2006

Alemanha (0) Itália (2)
Estava torcendo para que a Alemanha vencesse esse jogo. O efeito que essa copa mundial gerou na população alemã, pelo que acompanhei nos noticiários, gerou em mim grande empatia com sua motivação. Realmente me parece que estavam se redescobrindo como nação após a queda do muro. Orientais e ocidentais novamente se confraternizando sob uma mesma bandeira e uma única nação. Como disse o técnico da Alemanha em uma de suas preleções aos jogadores antes do jogo, caso a Alemanha vencesse, embora Tetra campeã, seria na realidade Bi-campeã, pois apenas o último título (1990) havia sido conquistado pela Alemanha unificada, mesmo assim após pouquíssimo tempo uma vez que a reunificação ocorreu no próprio ano de 90.
segunda-feira, 3 de julho de 2006
domingo, 2 de julho de 2006
Eu vi pessoas chorando após a última participação da seleção brasileira no Mundial de 2006. Aquele choro doído da decepção. Após quase 30 dias de entorpecimento em nossa cruzada cívica “rumo ao hexa”, dói mesmo retornar para a crua realidade do nosso dia-a-dia.
Ontem, algumas horas após a derrota, os noticiários já haviam encontrado “um dos culpados” pela nossa derrota: o jogador Roberto Carlos, pelo fato de ter se mantido imóvel por aproximados 15 segundos, arrumando as meias, enquanto a França abria o placar e sepultava nossas esperanças.
Eu me vi naquele momento na imagem do Roberto Carlos. Há anos tenho “arrumado minhas meias” durante os “jogos” do Brasil, aqueles que são disputados diariamente no congresso, durante as CPI’s, durante as votações para cassação do deputados envolvidos nos escândalos que são tantos que não vale a pena mencioná-los novamente, isso desde o Brasil império até hoje. E eu continuo arrumando minhas meias como se não tivesse nada com isso. Mas quando o adversário marca o gol, fico indignado com meus colegas que nada fizeram, afinal, eu estava ocupado...
Preciso deixar de preocupar-me com “minhas meias” ou com o meu bem-estar e prestar atenção no jogo. Enquanto isso não acontece, só posso parabenizar nosso escrete canarinho, pois ele me representou fielmente nos campos, fazendo absolutamente nada!
sábado, 1 de julho de 2006

"MORREMOS EM PÉ"
Hoje pela manhã conectei a internet para saber a repercurssão da derrota da Argentina na imprensa Portenha. Vi na capa do jornal Olé a imagem ao lado, e não pude deixar de concordar, pois isso foi verdade. A Argentina lutou até a última gota de sangue de cada jogador. O que faltou não sei.
sexta-feira, 30 de junho de 2006

ALEMANHA (154) x ARGENTINA (0)
E deu Alemanha tal como eu torcia. A Argentina não só perdeu o jogo, como ao final, perdeu a "razão" com essa briga (foto do site do Terra).
Há a notícia que um adolescente argentino após o jogo, lançou o televisor contra a parede. O aparelho acabou explodindo incendiando a casa, quase matando os moradores. Ele estava irritado com a qualidade da arbitragem. Eu diria ao garoto para ficar calmo. Poderia ser pior. Vocês poderiam ter perdido com um gol de mão do Michael Ballack no último minuto da prorrogação tal como o ex-aspirador de pó Maradona fez quando vocês foram campeões da última vez (e espero que seja assim pela eternidade). AUF WIEDERSEHEN Argentina.

A Teoria da Gestalt desenvolvida no início do século XX por psicólogos alemães e austríacos explica isso: “A Teoria da Gestalt afirma que não se pode ter conhecimento do todo através das partes, e sim das partes através do todo. Que os conjuntos possuem leis próprias e estas regem seus elementos. E que só através da percepção da totalidade é que o cérebro pode de fato perceber, decodificar e assimilar uma imagem ou um conceito.”
Isso significa, que o “conjunto” que vemos não é necessariamente igual à soma de suas partes. Mais ainda, significa que o que pensamos ver, convence mais do que realmente vemos.
Bem, tudo isso para falar dos livros de auto-ajuda. Citar textos destes livros, lê-los, discutí-los como se estivéssemos defendendo uma tese de doutorado é o must na cabeça dos candidatos a executivos. Àqueles que trabalham em empresas, quem não se lembra das previsões que foram feitas no decorrer da década de 90 sobre as mudanças que ocorreriam com a virada do século? Eu tinha a impressão que na madrugada de 01/01/01, assim que passássemos para o século XXI não saberíamos mais fazer xixi sozinhos, quanto mais trabalhar. Estaríamos irremediavelmente obsoletos. O mundo iria mudar radicalmente. Para meu espanto, acordei dia 01/janeiro, e tudo ainda continuava da mesma maneira. Achei até que eu tivesse morrido. Meus problemas ainda eram os mesmos, meu computador continuava lento, como sempre, minha torradeira funcionou, como sempre, meu carro não andou sem gasolina, como sempre, o frentista do posto de gasolina continuava com o mesmo mau-humor, de sempre, e o pior, meu salário continuava, o de sempre, assim como meu chefe e a empresa onde trabalhava.
quinta-feira, 29 de junho de 2006


Daqui à pouco, mais ou menos 12 horas, teremos um dos jogos mais aguardados da Copa 2006, pelo menos pelos brasileiros. Aquele que, esperamos, determinará o retorno da Argentina para casa.
As livrarias foram invadidas nos últimos anos por uma profusão de títulos elaborados por gurus que após “longas reflexões metafísicas” chegaram a conclusões absolutamente óbvias e inúteis, porém, devemos reconhecer, eles souberam elaborar uma campanha de marketing digna dos melhores marketeiros do mundo. Se fossemos apenas nos concentrar nos profissionais brasileiros, citaria como analogia o Duda Mendonça que conseguiu fazer uma campanha de marketing que culminou com a vitória de Lula à função de Presidente. Isto porque as campanhas de marketing mostram habilmente uma visão do alto, distante, de seus “produtos”. É algo mais ou menos como uma fotografia digital na qual você queira “dar um zoom”; quanto mais você aproxima a imagem, pior a definição. Se você vê de longe, a imagem é perfeita, mas quando você quer ver o detalhe é simplesmente impossível.
quarta-feira, 28 de junho de 2006

O PT e por conseqüência o governo e o país, passa por um momento muito delicado.
O partido vive o paradoxo de ser oposição a si mesmo. O Lula que discursa para a platéia nos eventos em que participa, não é o Lula que decide questões graves no Planalto; o Genoíno que dá entrevistas aos jornalistas esclarecendo posições de sua bancada e do próprio governo, não é o mesmo que articula as votações no plenário; o sr. José Dirceu, passa a sensação para o público de que só está preocupado consigo mesmo e com suas idéias. Aliás o que mais o PT tem feito é apaixonar-se diuturnamente por seus discursos. O PT se basta e se alimenta de suas idéias, num processo autofágico. Se tivesse que descrever o PT em uma metáfora, diria que ele é o “Retrato de Dorian Gray”. Para manter sua beleza aparente ele negociou sua alma e obtém resultados surpreendentes nas pesquisas de opinião pública. Quando sozinho no quarto, olhando seu quadro, pode observar a verdade crua de sua face. Isso o leva a arrepios de horror. Para manter sua pose, e aplacar sua culpa, desqualifica aqueles que percebem o pacto realizado e estranham esta “beleza e juventude eterna” criando fatos, plantando boatos, por vezes se descontrolando e fazendo ameaças, enfim mostrando sua mente doentia.
Quem já leu a estória de Oscar Wilde “O retrato de Dorian Gray”, não pode deixar de observar semelhanças entre o personagem da estória e o PT governo. Tal como o protagonista do conto, o PT se apaixona pelo seu quadro, bonito, jovem e anseia manter-se assim eternamente, não economizando esforços para obter esse resultado. O quadro está escondido, e apenas na calada da noite, enquanto todos dormem, tomam coragem de observar a pintura para observar o quanto a imagem que transparece ao público se distancia da imagem real que o quadro apresenta. Obviamente, esse feitiço tem um preço alto. Para manter essa aparência e desacreditar aqueles que já perceberam o engodo, lançam mão de todas as estratégias, desde a desqualificação dos que denunciam o estratagema, até ameaças de censura. É proibido falar sobre o quadro; é proibido reconhecer sua existência; é proibido perceber que há algo errado. Aliás não há nada errado, e todas as críticas não passam de incapacidade da oposição lidar com “a perda do poder”. A propaganda mostrando a beleza do governo, alimenta o sonho da nação no seu futuro promissor mas a verdade que se esconde na pintura não deixa o governo dormir diante do remorso pelo engodo. Mas a vaidade é maior que a razão e o simulacro continua. Isso gera crises de consciência e necessidades cada vez maiores de cooptação daqueles que já descobriram a verdade. Em momentos críticos gera insegurança, o que leva alguns, descontrolando-se, falar coisas que em sã consciência não falariam. Daí novamente a necessidade de lançar uma cortina de fumaça contra o quadro. O PT e o seu governo chegou a um ponto que não são capazes de reconhecer sua própria imagem. Não resta mais nada, nem a vergonha!
O próximo comentário foi publicado no fórum do Estadão na internet em 20/03/2006. Fala sobre a "Dança da pizza" estrelada pela deputada Angela Guadagnin do PT.
O próximo texto escrevi quando o José Dirceu ainda era alguma coisa no governo, e em uma entrevista falou que o PSDB era insolente. Nesta ocasião a Dna. Marta ainda era candidata a reeleição à Prefeitura de SP.
É grave a situação em que nos encontramos cidadãos, reféns que estamos da ambição de poder a qualquer preço dos comandantes do PT no governo. Insolência no dicionário petista, é traduzido como toda e qualquer posição diferente daquela defendida por eles. O patrulhamento ideológico feito pelos petistas em sua grande maioria, chega em alguns casos a padrões da Gestapo, com intimidações físicas, haja visto os acontecimentos noticiados pela imprensa com o candidato José Serra na zona leste de São Paulo, e até comigo, ao expressar em conversa particular com amigo enquanto caminhava pela rua, minha preferência por um candidato diferente da petista, e um pedestre que passava no momento, tendo ouvido minha intenção de voto, desfiou uma lista de imprecações contra mim, quase me agredindo físicamente. O que quero dizer com tudo isso é que o PT tem o poder de desagregar. As discussões políticas que devem ocorrer no campo das idéias, na falta de argumentação inteligente, para o PT serve a argumentação da força física mesmo, pois o que importa é vencer, não importando a que preço. Todas as manifestações que surgem nos jornais e tvs por parte dos petistas, possuem subliminarmente mensagens de agressividade, intimidatórias, desqualificando a pessoa ou a idéia ou propondo o controle ideológico (LULA convoca prefeitos eleitos pelo PT no Brasil a ajudar Marta! será que é para fazer número e inspirar medo?), em especial quando os interlocutores são ou o Sr. José Dirceu ou Dona Marta, que parecem ser os campeões de intimidação e ameaças. Neste texto não se trata de julgamento de pessoas, e sim, percepção. A fala do José Dirceu e da Dona Marta, soa aos meus ouvidos como ameaças, e isso em minha opinião acaba passando para toda a militância do partido. Outro fato interessante é que sempre que candidatos do PT se expressam sobre suas intenções de governo, assumem uma posição como os "Grandes Pais" que irão cuidar de seus rebentos, dando-lhes proteção, alimento, cuidando quando estiverem doentes, etc, ou seja tratando-nos como se fossemos patetas que não sabem como se virar no dia a dia, e o partido por ser bonzinho fará isso por eles. Não percebem que na posição de chefes do executivo, são na realidade subordinados ao povo, e como chefes o povo não pede favores, e sim exige desempenho, o que muitas vezes fica relegado a segundo plano. Exemplo claro disso para mim foi quando a respeito das obras na Av. Rebouças, um morador da região, reclamando do que estava sendo feito, a Prefeita Marta retruca ao jornalista, que aquela opinião do morador era irrelevante! Isso sim é insolência. Se ela fosse funcionária de minha empresa, estava demitida na hora, pois julgar a opinião de seu principal cliente irrelevante, é não saber o que está fazendo lá.
Dia após dia o PT mostra-nos sua face de maniqueu. Seus membros (não todos, mas muitos deles), julgam-se acima do bem ou do mal, e subliminarmente demonstram sua intenção de serem percebidos como a personificação da verdade. Esperam que nós messianicamente os sigamos, pela fé. Talvez pretendam que a imagem de “seguir a estrela”, pelo grande poder que essa figura tem em nossa fé Cristã, nos embote o raciocínio, fazendo com que confundamos um simples partido político com a Boa Nova do nascimento do Salvador. Seria isso uma torpe tentativa de engodo ideológico? Colocar a estrela do PT nos jardins do Alvorada é uma afronta ao poder executivo constituído, uma vez que ele não representa o PT mas sim o Brasil, o povo brasileiro. Se existe alguém no governo que tenha por função analisar previamente ações, frases e sua repercussão junto à população em geral, essa pessoa não tem estado atenta ultimamente, ou isso tem sido feito com a intenção deliberada de gerar polêmica! Como diria um adolescente “foi mal” no primeiro encontro do nosso presidente recém eleito, com o presidente americano, ostentar um botom do PT, ao invés da bandeira brasileira!
A constante recusa em elucidar o esgoto do Waldogate e da morte do prefeito Celso Daniel, alegando sempre “desestabilização” “golpismo” e outros que tais, é outra demonstração de poder. Parece fazer parte do perfil dos governos, dizer uma coisa e agir de outra. Isso para mim só se explica (no caso do PT) como uma confissão “somos sim iguais a todos que criticávamos”, ou, completo desconhecimento do que é ou não possível de se fazer na Presidência. É a velha dicotomia das esquerdas retrógradas brasileiras: “Companheiros já conquistamos o poder; agora alguém pode nos dizer o que fazemos com ele?”
Outro infeliz exemplo de cegueira e surdez causada pelo poder (o rei está nu), é a frase da prefeita de São Paulo, Sra. Marta Favre no O Estado de SP de 17/04 último: “Críticas do povo da Rebouças são bobagens”. Realmente acredito que ela ache isso mesmo, pois adequa-se ao perfil predominante do petista: “só minha forma de pensar está correta, e o meu ego é enorme!” A Sra. prefeita, reduz uma questão que afeta milhares de cidadãos a uma discussão caseira, tal como se estivesse redecorando o jardim de sua casa e desqualifica a opinião dos cidadãos como se fossemos um bando de néscios. Isso se chama desrespeito. Só falta sair com o dedo em riste perguntando: “sabem com quem estão falando?”.
terça-feira, 27 de junho de 2006
Parabéns à polícia de SP pelo trabalho de inteligência. Só espero que não venham os "defensores dos direitos humanos" reclamando que a ação foi violenta e pedir a abertura de processo contra os policiais que atuaram no episódio.

no primeiro dia, porque pernambucano não deixa por menos".
Na Fenadoce, em Pelotas, 17/06/2003.
Pior é a prepotência do Presidente, quando acintosamente ignora a determinação do TSE e decide manter o aumento aos funcionários públicos federais (nada contra os funcionários públicos) , medida claramente eleitoreira.
domingo, 25 de junho de 2006

Para um país dito de 1º mundo, a atitude dos jogadores da Holanda na partida disputada hoje contra Portugal pelas oitavas da copa do mundo de 2006 foi uma vergonha. Não era preciso um juiz durante o jogo, e sim policiais, tropa de choque e tudo. Parabéns Felipão e jogadores de Portugal. Embora o jogo não tenha sido bonito, a garra dos portugueses foi invejável.